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Afinal, o que pensam aqueles que são contra a vacinação? E o que pensam os que são a favor?

Atualizado: 3 de set. de 2021

Uma análise do ponto de vista da comunicação


Um tempo de incertezas e inseguranças viveu - e ainda vive - o mundo desde que foi anunciada a pandemia do Coronavírus na virada do ano de 2019 para o ano de 2020. Devastadoras notícias e mudanças drásticas foram vividas por toda a humanidade durante esse tempo, até que, finalmente, notícias sobre as vacinas e imunização contra o vírus começaram a ser espalhadas por todo o mundo. Entretanto, junto com a alegria de alguns diante da produção de vacinas, um movimento anti-vacina criou força. Afinal, o que leva alguém a ser a favor ou contra a vacinação contra o coronavírus?


Na era da informação, a opinião própria é mais importante de ser destacada do que nunca. A todo tempo cada indivíduo é cobrado para se posicionar sobre diversos assuntos e, com tantas opiniões diversas sobre um mesmo assunto, é essencial entender a posição do outro e como ele chegou na mesma. Não é diferente quando se trata da vacina e das opiniões a favor ou contra ela. Nesse texto busca-se entender cada lado da moeda, aprofundando nos argumentos que rodeiam as duas opiniões.


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O QUE PENSAM OS QUE SÃO CONTRA


A primeira notícia da produção de vacina alegrou, mas também assustou muitos já que em menos de um ano foram criadas mais de uma vacina, de diferentes institutos e eficácias. O tempo de criação das vacinas contra a COVID-19 foi considerado recorde, já que o tempo mínimo em que uma vacina tinha sido criada era de 4 anos, em 1960 com a vacina da caxumba e, outras doenças como a Ebola, levaram 5 anos para serem combatidas com a vacinação. Por esse motivo muitos questionam qual é a segurança das vacinas.


Além do tempo rápido de produção, a forma nova de produção das vacinas também trouxe surpresa. Enquanto a vacina nacional com parceria chinesa, Corona Vac, traz o vírus inativo, processo em que foram criadas a maioria das vacinas brasileiras, outras como a astrazeneca e pfizer trouxeram as novas tecnologias do vetor viral e RNA mensageiro.

As notícias sobre mortes mesmo após a vacina aumentaram ainda mais a preocupação dos anti-vacinas, que passaram a juntar argumentos para a sua escolha de não se vacinar contra o vírus.


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O QUE PENSAM OS QUE SÃO A FAVOR


Contudo, nesse meio tempo outras pessoas também buscaram informações sobre as vacinas e escolheram entrar no cronograma de suas cidades das vacinas. Em relação ao tempo recorde de produção das vacinas, foram encontrados os argumentos de que desde 1960, quando levou-se 4 anos para a produção da vacina da caxumba, diversas tecnologias foram criadas e muitos avanços foram alcançados na ciência e tecnologia. Além de que, por ter sido uma pandemia que trouxe perdas em todas as áreas da humanidade - sociais, financeiras e de recursos - esforços não foram medidos para a busca de vacinas de forma rápida. Instituições se juntaram aos seus governos e até diferentes países reuniram seus recursos para poder levar o menor tempo possível na produção de vacinas. A grande urgência, causada pelas diversas mortes acontecendo todos os dias, e os diversos recursos que temos hoje em dia disponíveis levaram a produção rápida das vacinas.


Entretanto, a rapidez do processo não anula a sua segurança. Como todas as vacinas já existentes, as vacinas contra o coronavírus foram testadas e passaram por todos os processos de seguranças nacionais, além de também terem passado por fases de teste.


Já sobre as mortes que aconteceram mesmo após o uso da vacina, sabe-se que nenhuma das vacinas criadas até o presente momento teve 100% de eficácia considerada, mesmo assim a porcentagem de mortes após as duas doses é de 0,004%, bem menor do que a taxa de mortalidade que o vírus já atingiu no Brasil. Defende-se que, sendo as probabilidades de morrer após a vacina serem bem menores que a chance de morte após contrair o vírus, a vacinação de toda a população é muito mais recomendada. Mesmo com as incertezas da vacina, o cenário em que todas as pessoas estão vacinadas é mais promissor do que o que se viveu no último ano e meio de pandemia.


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A INFLUÊNCIA DA MÍDIA


De qualquer lado que um indivíduo se posicione, é importante destacar que as opiniões nos dias de hoje tem a maior influência das mídias e, mesmo tendo opiniões contrárias, os opostos têm acesso aos mesmos canais de TV, os mesmos jornais e as mesmas redes sociais. De uma mesma notícia de jornal são possíveis diversas interpretações e, apesar de se tratar de um assunto científico, a era da informação trouxe com ela as diversas fake news, que em primeiro momento, também apresentam diversos argumentos científicos. O excesso de informação e as falsas que também estão nesse meio, dificultam a formação de opinião em todo o mundo e, em tempos de incerteza, o indivíduo busca aquilo que mais o deixa seguro e isso pode ser o negacionismo.


Por Sarah Mohallem Brasileiro

Aluna do primeiro ano de Relações Públicas na Faculdade Cásper Líbero



Bibliografia:


"Quais são as diferenças entre as vacinas contra Covid-19 que estão sendo aplicadas no Brasil?". Disponível em: https://butantan.gov.br/covid/butantan-tira-duvida/tira-duvida-noticias/quais-sao-as-diferencas-entre-as-vacinas-contra-covid-19-que-estao-sendo-aplicadas-no-brasil. Acesso em: 16 de agosto de 2021


SANTOS, Maria Tereza. "Como as vacinas contra COVID-19 ficaram prontas tão rápido". Disponível em https://saude.abril.com.br/medicina/como-as-vacinas-para-a-covid-19-ficaram-prontas-tao-rapido/. Acesso em 16 de agosto de 2021.


MADEIRO, Carlos. "Movimento antivacina avança na web: por que ele é uma ameaça à saúde pública." Disponível em: https://sbim.org.br/images/files/po-avaaz-relatorio-antivacina.pdf

PARKER-POPE, Tara. "Si te contagias después de vacunarte, ¿puedes contraer covid prolongada?". Disponível em: https://www.nytimes.com/es/2021/08/19/espanol/vacuna-covid-prolongado.html?auth=link-dismiss-google1tap. Acesso em 19 de agosto de 2021.


LANDIM, Raquel e VALENTE, Julia. "Uma a cada 25 mil pessoas morre de Covid-19 mesmo após 2a dose da Coronavac". Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/2021/05/12/uma-a-cada-25-mil-pessoas-morre-de-covid-19-mesmo-apos-2-dose-da-coronavac. Acesso 19 de agosto de 2021.

 
 
 

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